agosto 05, 2007

Plantada neste alpendre
sinto água passar
não a vejo.
mas fecho os olhos
e ouço-a cantar

Ouço o vento no cimo
das árvores,
que me ritma suavemente
o balançar

tenho raízes, já não pés
folhas no cabelo,
frutos no olhar

seguro nos dedos
um ninho de pássaros
que já sabem voar

fundi-me com a paisagem
à espera de alguém
que teima em não chegar

5 comentários:

Anónimo disse...

Lindo...dás um novo sentido á ideia de "espera".
Esse algué devia andar era de TGV...mas por outro lado, se assim fosse...não teríamos esta espera...
Beijo suave.........

Anónimo disse...

A infinita paciência de uma espera assim, traz consigo a beleza das palavras feitas poema. Enriquece quem lê e evoca frescura...
Lindíssimo, este teu texto...!

Um beijo...

Calimera disse...

Obrigada pelos teus poemas que nos enchem.
Bjs

PP disse...

Estou basicamente sem grandes palavras, primeiro para comentar os teus posts... Sinceramente... são mesmo MUITO BONS...

Depois, para agradecer todos os comentarios e 'apoio' que tens transmitido. Nunca haverá falta de espaço para comentários, para um convidado tão ilustre como tu !

Volta sempre :) , obrigado ! Beijinhos

Márcio disse...

A espera é longa... mas no fim vale sempre a pena! :)
Beijinho*

poeta não, inspirador... pouco e só às vezes! Tu sim, és uma poetisa!!!