Plantada neste alpendre
sinto água passar
não a vejo.
mas fecho os olhos
e ouço-a cantar
Ouço o vento no cimo
das árvores,
que me ritma suavemente
o balançar
tenho raízes, já não pés
folhas no cabelo,
frutos no olhar
seguro nos dedos
um ninho de pássaros
que já sabem voar
fundi-me com a paisagem
à espera de alguém
que teima em não chegar
agosto 05, 2007
Publicado pela gata à(s) 12:31 da manhã
5 comentários:
Lindo...dás um novo sentido á ideia de "espera".
Esse algué devia andar era de TGV...mas por outro lado, se assim fosse...não teríamos esta espera...
Beijo suave.........
A infinita paciência de uma espera assim, traz consigo a beleza das palavras feitas poema. Enriquece quem lê e evoca frescura...
Lindíssimo, este teu texto...!
Um beijo...
Obrigada pelos teus poemas que nos enchem.
Bjs
Estou basicamente sem grandes palavras, primeiro para comentar os teus posts... Sinceramente... são mesmo MUITO BONS...
Depois, para agradecer todos os comentarios e 'apoio' que tens transmitido. Nunca haverá falta de espaço para comentários, para um convidado tão ilustre como tu !
Volta sempre :) , obrigado ! Beijinhos
A espera é longa... mas no fim vale sempre a pena! :)
Beijinho*
poeta não, inspirador... pouco e só às vezes! Tu sim, és uma poetisa!!!
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